segunda-feira, 21 de março de 2016

José Ricardo cobra presença da Seduc em debate com os professores e sugere nova reunião no plenário da Aleam

Dep. José Ricardo (PT) - Foto de arquivo

Manaus, 21 de março de 2016.

            Em Audiência Pública para debater as metas do Plano Estadual de Educação (PEE), bem como o cumprimento da data-base e várias outras reivindicações dos professores da rede estadual de ensino, na manhã desta segunda-feira (21), o deputado José Ricardo Wendling (PT), um dos autores do debate, juntamente com a deputada Alessandra Campêlo (PMDB), cobrou a presença do secretário de Estado da Educação (Seduc) nessa Audiência, onde iria questionar sobre a situação financeira do órgão, o impacto financeiro de conceder o reajuste da data-base da categoria, como ainda a possibilidade de fazer remanejamento de verbas para garantir esse direito previsto em lei. A discussão aconteceu pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam).

            Pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, José Ricardo recebeu essa pauta de debate dos professores, que tem como “carro chefe” a campanha salarial. O Governo do Estado não pagou a data-base da categoria em 2015 e ainda não se manifestou com relação à data-base deste ano, que venceu no dia 1º de março, conforme o artigo 39 da Lei nº 3.951/2013.


            Foram convidamos a participar dessa discussão a Seduc, o Conselho Estadual de Educação, o Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e até a Comissão de Educação da Câmara Municipal de Manaus (CMM), além de vários movimentos dos professores, mas só compareceram poucos profissionais da educação, representados pela Associação dos Professores de Manaus (Asprom) e Movimento Vem pra Rua pela Educação. Embora tenha enviado desde o dia 2 de março o memorando para a Comissão de Educação, somente no último dia 16 é que foi aprovado o debate.

            “Precisamos priorizar a educação, assunto que pouco a Assembleia discute. Pela ausência de órgãos e entidades importantes da área, sugiro a realização de outra Audiência Pública, com a presença da Seduc, do Sinteam, do Conselho Estadual. Temos muito a debater e a questionar, principalmente, a Secretaria de Educação”, declarou ele, cobrando que o Estado tenha uma política educacional para a melhoria de todas as escolas, bem como de valorização dos professores. “Na prática, há muitos problemas nas estruturas das escolas do Estado e da Prefeitura e uma total desvalorização com os profissionais da educação. Resultado disso é que estamos nas últimas colocações no Censo Escolar de 2014”, completou.

Pauta de reivindicação
            Dentre a pauta de reivindicação dos professores, estão: reajuste de 30% nos seus salários (18% são de reposição salarial nos últimos 18 meses e 12% de aumento real no salário da categoria); retirada do desconto em folha do auxílio transporte; reajuste do auxílio alimentação, inclusive, com o pagamento do benefício por turno; direito a plano de saúde; eleição ou processo seletivo para a escolha de gestores de escola, acabando com as indicações políticas; prestação de contas detalhada do Fundeb; fim da carga compartilhada; cumprimento total da Hora de Trabalho Pedagógica (HTP); diminuição do número de alunos por sala de aula (lei de sua autoria); convocação dos concursados da Secretaria de Estado da Educação (Seduc); concurso público para outros cargos na educação; formação continuada; e estrutura física adequada das escolas, principalmente, com refrigeração nas salas e estrutura elétrica adequada, além do cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR).        

            Para o coordenador da Asprom, Lambert Melo, o Governo do Estado afirma que não pode conceder reajuste aos professores por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas, ao mesmo tempo, não apresenta documentos que comprovem que essa situação econômica. “Sabemos que há verbas federais para o pagamento e a correção salarial dos professores. Por isso, pedimos que esse parlamento nos forneça esses documentos para que possamos dialogar com transparência”, solicitou.

            Já o coordenador do Movimento Vem pra Rua pela Educação, Jonas Araújo, destacou que a categoria busca equiparação salarial do piso dos professores a outros profissionais de nível superior, como ainda reajuste da data-base e revisão do PCCR. “Não vamos tolerar mais um reajuste zero. Os professores estão atentos a todo o cenário político que está acontecendo no País e no Estado e vamos lutar pelos direitos que conquistamos”, afirmou ele, também estranhando a ausência do Governo e do Sinteam nesse debate.

            E o presidente do Conselho Estadual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), Francisco Hermes, finalizou informando que no ano passado foi gasto R$ 1 bilhão de recursos do Fundo para o pagamento dos professores. “Os recursos do Fundeb estão na Seduc, mas o Estado gasta muito dinheiro com a folha de pessoal de toda a administração. Se cortasse essa grande estrutura, os professores do Amazonas ganhariam melhor, com certeza”.



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