sexta-feira, 13 de novembro de 2015

José Ricardo denuncia fila desumana no Hospital Francisca Mendes e cobra do Estado investimentos em equipamentos para exames

Manaus, 13 de novembro de 2015.
 
Deputado José Ricardo (PT) no Francisca Mendes
Em mais uma visita de fiscalização aos hospitais da cidade e após receber denúncias de longa espera para realização de exames especializados, como de ecocardiograma e de hemodinâmica, o deputado José Ricardo Wendling (PT) esteve na manhã desta sexta-feira (13) no Hospital Francisca Mendes, na Zona Norte, referência na área cardiológica. Essa é a terceira visita que faz ao longo dos mandatos parlamentares.

“Conhecemos a realidade desse importante hospital e vimos o quanto necessita de mais investimentos públicos, como compra de equipamentos e contratação de novos profissionais especializados, para atender a população com mais dignidade. Mas não falta dinheiro, falta o Estado dar prioridade à saúde. Porque dinheiro tem para pagar R$ 56 milhões somente em aditivos para empreiteira que está duplicando a AM-070 (Manaus-Manacapuru). Isso sem falar nas denúncias de que mais da metade das obras do Estado têm algum tipo de irregularidade e de desvio de recursos. Um escândalo que queremos investigar por meio de CPI na Assembleia, mas que, infelizmente, os deputados da base do governador se negam a apoiar”, declarou o deputado, informando que irá encaminhar todas as denúncias detectadas no Francisca Mendes à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), além cobrar o Governo no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam).


Durante a visita do parlamentar, pacientes reclamaram que estavam há quatro meses esperando pelo exame de ecocardiograma e ainda sem data prevista, uma vez que dependem da liberação do Sisreg (Sistema de Regulação do SUS). O problema é que só existem três aparelhos desse na unidade, sendo que apenas dois estão atuando nessa especialidade, para atender pacientes de vários hospitais públicos, incluindo, os prontos-socorros 28 de Agosto e João Lúcio Machado. “A direção nos informou que um aparelho desse custa uma média de R$ 300 mil e é feito somente por um cardiologista. Não precisaria de milhões para resolver essa fila e salvar a vida de tanta gente que precisa desse exame para definir se será ou não submetido a cirurgia e ter seu problema cardiológico resolvido”, explicou ele, que irá propor a aquisição de mais aparelhos para ecocardiograma em forma de emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA)/2016.

Outra problemática do hospital é com relação aos exames de hemodinâmica. O deputado contou que existem dois aparelhos no local, um antigo, com defeito e sem peça de reposição; e outro que está funcionando, mas de forma deficitária, sem realizar alguns tipos de procedimentos mais especializados na área neurológica. “Nos informaram que a única empresa que faz a manutenção nessa máquina em operação não pode resolver a demanda porque o Estado deve milhões de reais em serviços e compra de aparelhos. E o que é pior: fazem procedimentos delicados na área neurológica, mas não têm a infaestrutura para atuar em casos de complicações. Em casos de cirurgias de urgência, os pacientes são encaminhados para outros hospitais, como o João Lúcio”. Um aparelho de hemodinâmica custa uma média de R$ 2 milhões aos cofres públicos. “Vou cobrar do Estado a compra desse equipamento, como ainda propor como emenda à LOA”, garantiu.

José Ricardo também esteve na Central de Laudos de Mamografias, que fica dentro do Francisca Mendes, e que atende Manaus e todo o interior do Estado. No local, o médico radiologista de plantão informou que hoje cerca de 40 municípios estão com mamógrafos em funcionamento. “Mas o grande problema ainda é a comunicação, via internet, com esses locais. Exames que são enviados às 18h só vão chegar à Central horas depois. E o que está acontecendo com o restante das cidades? A presidenta Dilma liberou recursos e o Estado comprou mamógrafos para todos os municípios. Vamos continuar acompanhando e cobrando o seu funcionamento, porque esses equipamentos salvam vidas”, afirmou o parlamentar. A Central de Laudos disse ainda que não há acúmulo de laudos no setor e que demoram uma média de uma semana para enviar o resultado aos hospitais.


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