sexta-feira, 20 de novembro de 2015

“Dia da Consciência Negra deve ser de reflexão e de luta pelo cumprimento dos direitos dos negros e negras no Brasil e no Amazonas”, diz José Ricardo

Manaus, 19 de outubro de 2015.
Sessão Especial na ALEAM homenageia o Dia Nacional da Consciência Negra
          Em Sessão Especial realizada na manhã desta quinta-feira (19), em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, o deputado José Ricardo Wendling (PT), um dos autores desta solenidade, destacou que essa data é de luta e de reflexão para resgatar a história do Brasil e também do Amazonas. “Foram mais de 300 anos de escravidão no País e que deixaram reflexos na vida dessa população, que representa hoje mais da metade da população brasileira. Infelizmente, até hoje, há muito preconceito e muita intolerância racial e até religiosa”, declarou ele, citando como exemplo o grande assassinato de jovens no Brasil, em que a maioria dessas vítimas é composta por negros e pobres.
            Para ele, é preciso continuar cobrando o efetivo cumprimento dos direitos dos negros e negras no Brasil. “A partir do Governo Lula, tivemos mais ações afirmativas para garantir esses direitos, por meio de políticas públicas e até da implementação do Estatuto da Igualdade Racial e do Estatuto da Juventude. Isso graças a vontade política. Sabemos que muito ainda precisa ser feito para mudar esse quadro atual e, por isso, essa luta deve continuar para também cobrar ações públicas em níveis estadual e municipais”, disse o parlamentar, enfatizando Projeto de Lei, de sua autoria, que institui o dia 10 de julho como o Dia Estadual da Abolição da Escravatura no Amazonas. “O nosso Estado foi o segundo estado brasileiro a declarar a liberdade aos escravos negros. Por isso, essa data sempre tem de ser lembrada por todo o povo brasileiro, para que a luta pela igualdade reflita em políticas públicas que tratem igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade como prevê a Constituição Federal”.

            Presidente da Associação Movimento Orgulho Negro do Amazonas, Christian Rocha destacou que essa é uma importante data que lembra Zumbi dos Palmares, que lembra quilombo e que lembra igualdade e respeito. “Ainda temos um bom caminho a percorrer para garantir essa igualdade e respeito, mas digo que serei um eterno voluntário em prol do movimento negro”, declarou ele, enfatizando que foi no Governo Dilma que os negros e negras tiveram mais espaço nas tomadas de decisão.

            De acordo com a historiadora Patrícia Sampaio, infelizmente, o Brasil é o quinto País o mundo em assassinato de mulheres. “Com base em dados de 2012, a cada minuto, uma mulher é agredida no Brasil e cerca de 70% era alguém que amava, seu companheiro. E 54% desses casos as vítimas são negras. Isso mostra que temos que ter sempre coragem, como palavra de ordem feminina, para que possamos mudar essa triste realidade”.

Sobre a data
           O dia 20 de novembro foi escolhido em homenagem à morte de Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares, lugar que serviu de refúgio para aproximadamente 20 mil escravos. A celebração da Consciência Negra é uma forma de fazer memória, para que o povo brasileiro não repita a brutalidade com que os negros foram tratados durante a colonização do Brasil, marginalizados da sociedade.
                   
Nesta Sessão Especial foram homenageadas entidades do Estado que atuam na promoção da igualdade racial, como Fórum Permanente Afrodescendente e Movimento Orgulho Negro, além das personalidades: Lamartine Silva, Aloísio Pereira, Irmã Helena, Cristiano Correia, Elizângela Almeida, Emanuel de Almeida Júnior e professora Patrícia de Melo. A autoria dessa solenidade é dos deputados José Ricardo, Luiz Castro (Rede), Sabá Reis (PSDB) e da deputada Alessandra Campêlo (PCdoB) e aconteceu no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam)

  
Participaram desta homenagem, dentre outros órgãos e entidades: Cáritas Arquidiocesana, Fórum de Juventude Negra, Instituto Cultural Afro Matubelê, Conselho Municipal de Cultura, Fórum Permanente Afrodescendente do Amazonas, Articulação das Religiões de Matrizes Africanas e Ameríndias (Aratrama/Carma).

                           
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