quinta-feira, 24 de setembro de 2015

José Ricardo, Luiz Castro e Marcelo Ramos ingressam com embargo de declaração no Tjam questionando decisão que aumentou número de desembargadores

Manaus, 23 de setembro de 2015. 
Dep. José Ricardo (PT) Foto de arquivo
Os deputados José Ricardo Wendling (PT) e Luiz Castro (PPS) e o ex-deputado Marcelo Ramos (PR) ingressaram ontem (22) com embargo de declaração no Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) para a manifestação do desembargador João Simões, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), de autoria dos parlamentares e ingressada novembro de 2013, com a finalidade de suspender os efeitos da lei aprovada na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), em favor do aumento de número de desembargadores. Eles já estudam ingressar com “Recurso Extraordinário” no Supremo Tribunal Federal (STF).

O embargo de declaração questiona que o relator da ADI não se manifestou quanto ao artigo 30, parágrafo segundo, da Constituição do Estado (CE), que fala sobre a discussão e votação dos projetos de lei dentro das comissões técnicas da Assembleia Legislativa, devendo respeitar o direito da minora parlamentar. Nesse caso, não teria sido expressamente mencionado no voto no relator.


Outro ponto que os parlamentares pedem manifestação é quanto ao artigo 109 da CE, que fala sobre o Princípio da Eficiência, considerando levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ): enquanto um juiz tem em média 8.382 processos, um desembargador tem somente 1.510. “Por que aumentar a quantidade de desembargadores, se o número de processos que eles cuidam é muito menor do que o de juízes de primeira instância?”, questionou o deputado.

José Ricardo declarou que o Estado precisa de mais juízes, conforme o CNJ e comprovado pela própria presidência do Tribunal, principalmente, nos municípios do interior. “Hoje, a população mais pobre fica distante do direito básico à justiça. Porque os recursos estão mais limitados e estarão voltados para instalar e equipar os gabinetes dos novos desembargadores. Não vou desistir de lutar por mais acesso à justiça para a população”.

Entenda o caso
Depois de quase 40 reuniões no pleno do Tribunal, entre adiamentos e pedidos de vista, no último dia 8 de setembro, o Tjam aprovou por 12 votos a favor e 7 o aumento do número de desembargadores no Amazonas, passando de 19 para 26. Essa decisão representa cerca de R$ 10 milhões por ano aos cofres públicos.

Em novembro de 2013, o parlamentar ingressou na Justiça com ADI, juntamente Luiz Castro e o então deputado Marcelo Ramos, e conseguiu liminar nesse mesmo mês, por meio do desembargador Jorge Lins, para suspender os efeitos da lei aprovada na Aleam. Desde então, essa ADI entrava em pauta no Tribunal de Justiça para ser julgada.

Na ocasião, eles denunciavam que esse projeto não obedeceu as regras regimentais da Assembleia Legislativa. “Não houve convocação dos membros para as reuniões das comissões técnicas e foi aprovado em tempo recorde, com meu voto contrário, como também de Luiz Castro e Marcelo Ramos. Apresentava vícios de irregularidades. Mas, agora, os desembargadores julgaram e votaram contra a ADI”, comentou o deputado.
           
Em maio deste ano, José Ricardo, juntamente com Luiz Castro e Marcelo Ramos, recorreu até ao Ministério Público Federal (MPF) para solicitar que o STF avocasse para si, analisando e julgando a ADI que impedia o aumento do número de desembargadores.  Recorreram a instâncias superiores para analisar e julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade. “Mas a decisão do Tjam foi outra, indo na contramão das necessidades reais, tratando a vida da população desse jeito: desembargadores a mais e juízes a menos”, finalizou o deputado.

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