sexta-feira, 4 de setembro de 2015

José Ricardo entrega à CPI do Senado documento pedindo apuração para elucidar crimes contra jovens no Amazonas

Manaus, 4 de setembro de 2015. 
José Ricardo e relator da CPI do senado, Lindbergh Farias
Ao participar da Audiência Pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Assassinato de Jovens do Senado Federal, para debater as políticas públicas de combate à violência contra jovens no Estado do Amazonas, o deputado José Ricardo Wendling (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), pediu prioridade pa­ra os casos de violência envolvendo a juventude amazonense e entregou aos mem­bros da CPI documento solicitando apuração para elucidar crimes cujas vítimas são, na sua maioria, jovens sem envolvimento com o crime. Também cobrou mais in­ves­­timentos do Estado para a juventude, em vez de “cortar despesas” por conta da cri­se.

O extermínio de jovens é evidente no Amazonas. Segundo o Mapa da Violência 2015, Manaus é a terceira capital com maior número de assassinatos de jovens por arma de fogo. De 2002 a 2012, em dez anos, esses números cresceram 323% na cidade. Em 2013, 79 adolescentes entre 16 e 17 anos morreram assassinados na capital. O crime organizado e o tráfico de drogas recrutam muitos adolescentes e, sob ameaça, os envolve nas infrações e atos de violência. Uma prisão da qual muitos somente saem com a morte”, declarou o parlamentar, ressaltando que espera resultados concretos dessa CPI, cujo debate aconteceu na manhã desta sexta-feira (4), no plenário da Aleam, com a participação do relator da CPI, senador Lindbergh Farias (PT/RJ); da senadora Vanessa Graziontin (PCdoB) e do senador José Medeiros (PPS/MT), membros da Comissão Parlamentar de Inquérito.
No documento entregue ao relator da CPI, senador Lindbergh Farias, José Ricardo solicitou pedido de investigação em alguns casos recentes envolvendo a juventude: sobre as mais de 35 mortes que acontecerem entre 17 e 20 de julho deste ano e que, segundo o secretário de Segurança, na sua maioria, eram de jovens, 20 deles não possuíam passagem pela polícia e não respondiam processos na Justiça e apenas 15 tinham envolvimento com o crime, além de indícios da existência de uma facção criminosa e de grupos de extermínio ligados a policiais; e sobre caso do Beco Boa Sorte, no São José, no último dia 5 de julho, onde 15 homens armados invadiram o local e atiraram contra as pessoas, resultando em dois jovens mortos e outras sete pessoas feridas.
“O alto índice de assassinato de jovens preocupa a população e demonstra o descontrole do Governo do Estado e a falta de segurança para a juventude, comentou o deputado no documento, relatando ainda que a precária situação da perícia criminal do Estado tem contribuído para a não elucidação dos crimes. Segundo o secretário de Segurança, já foram registrados 641 homicídios em Manaus este ano e a maioria eram jovens. “Até o momento, as investigações desses crimes ainda não foram concluídas”.
Na Assembleia Legislativa, ele apresentou o Projeto do Orçamento Jovem, para definir recursos que favoreçam a juventude. “Defendemos mais educação, trabalho, cultura e lazer para os jovens. Queremos a juventude viva, e a juventude quer viver”, finalizou o parlamentar.

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