quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Ao amigo Titito


Professor Luizinho Aguiar
Poesia 

Professor Luizinho Aguiar
No auge da vida defrontou
Na luta feroz do amor
Não correspondido,
Encolhido ficou
Abandono espontâneo, sem motivação
Longe do mundo, sono profundo a esperar.
Sem sonhos, amargura, apetite se foi
Debilitado corpo, a mercê de tudo.
A música aliviando momentaneamente a dor,
A realidade, o sol, o calor,
A noite quente, verão ardente
E tristemente longe do amor.
Dor abstrata que esparrama sobre
a vastidão do pensamento,
Perdido como uma canoa
sem quilha no meio do Maués - Açu.

As odiadas vêm juntas se aproveitando,
Apoderando do corpo débil
Amigos ausentes
Força se vai,
A tarde chega, logo cai
A cada momento mais
Difícil fica a respiração, ingratidão
Despreparado vai definhando
Se acabando, se afastando da vida
perdido nas ilusões.
Adeus a tudo
Ao futebol, samba canção
A emoção não tem mais
Tudo se foi, inclusive a paz.
Perdido, desiludido
Incompreendido, o que lhe resta
Nada de festa, o ponto final.
Caminhando na estrada
Rumores dando adeus
Assim parte, condenado
A não voltar.
Corre sem sorte,
Não há mais nada
Não ser a morte.
Assim partiu, sem querer
Sem viver o que restava
O que amava fazer
Cantar, jogar
Da confraria, sem alegria partiu
Para nunca mais voltar.
Professor Luizinho
Por ocasião da morte do Amigo Titito
Maués, 27 de agosto de 2015.

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