segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sandra Braga apela à presidente Dilma Rousseff em defesa do Centro de Biotecnologia da Amazônia

Senadora Sandra Braga (PMDB)
A senadora Sandra Braga (PMDB-AM) subiu à tribuna do Senado na tarde desta segunda-feira, 31 de agosto, para pedir a intervenção da presidente Dilma Rousseff em favor de uma solução estruturante para o Centro de Biotecnologia da Amazônia, o CBA.

O apelo à presidente decorre do fato de que, passados quase três meses desde que o CBA teve sua gestão transferida para o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – o Inmetro, praticamente nada se avançou na direção do que realmente interessa para o futuro da instituição.

“Esperamos contar com a compreensão e o espírito público da Presidenta que, mais de uma vez, demonstrou sua disposição de defender os interesses do Amazonas e da Amazônia”, afirmou a senadora.


Em seu discurso, Sandra Braga insistiu em afirmar que a localização do CBA na estrutura do Inmetro é uma solução temporária e paliativa. No último dia 24, o Inmetro aprovou, no âmbito do Programa Nacional de Metrologia – o Pronametro, a concessão de bolsas de estudo a pesquisadores do CBA, selecionando especialistas para dois anos de contrato.

Segundo pesquisadores do Centro ouvidos pela senadora, o que está sendo proposto no edital é praticamente a folha de pagamento. O custeio não está explicitado no edital, que prevê a seleção de apenas seis projetos de pesquisa.

“E isso é muito pouco. Basta lembrar que o quadro do CBA tem 46 pesquisadores e, pelo novo edital, apenas 12 serão aproveitados”, protestou a parlamentar.

São seis projetos envolvendo seis autores. O pagamento previsto é de R$ 132 mil por ano, o que significa R$ 11 mil ao mês, contemplando um pesquisador e um técnico. Teremos então um doutor ganhando 8 mil reais por mês e um técnico, 3 mil.

Mas não é a questão salarial que preocupa os pesquisadores e técnicos do CBA. O que mais os incomoda é ter um órgão sediado no Rio de Janeiro, especializado em normatização e metrologia, tomando decisões sobre o futuro da tecnologia e do desenvolvimento econômico do Amazonas e da Amazônia.

Nessas condições, o edital é visto como uma operação tapa buraco, cujo propósito é forçar a aceitação, por parte da comunidade do CBA, de uma solução que não pode nem deve ser definitiva, ainda que a gestão do Centro seja compartilhada entre o Inmetro, o MDIC e a Suframa.

Em seu discurso, Sandra Braga lembrou, também, da audiência pública realizada hoje, em Manaus, com a participação de representantes dos ministérios da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além do superintendente da Suframa, pesquisadores e técnicos do CBA.

“Nós não vamos desistir”, afirmou a senadora. “Continuaremos firmes no propósito de convencer as autoridades da importância de o Amazonas dispor de uma instituição como o CBA, para desenvolver novas tecnologias e aproveitá-las no processo de desenvolvimento econômico e social do nosso Estado e da Amazônia”, finalizou.

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