sábado, 10 de maio de 2014

SENTI UMA GRANDE SAUDADE DE VOCÊ



Nesse dia das mães, quero dedicar este artigo, escrito em 26 de dezembro de 2008, em memória de minha eterna mãe: Cândida Bentes de Souza
 
Cândida Bentes e seu neto Vinícius
Hoje, 26 de dezembro de 2008, sexta-feira, senti uma saudade imensa de você. Como em um filme, cenas de nossas vidas se passaram em meus pensamentos. Vivi naquelas cenas, bons momentos, maus momentos, sobretudo, os bons momentos prevaleceram. Fiz uma viagem no tempo, velhos tempos...tempos em que você era a única pessoa que me dava de tudo, o meu sustento e muito Amor. A tua vida foi dedicada a nossa sobrevivência, jamais mostrastes cansaço diante das dificuldades, nem mesmo o analfabetismo tirou o brilho da tua vida e da tua Luta para criar teus filhos... fostes uma guerreira, uma vencedora, um exemplo de Vida e de perseverança, jamais deixastes de te preocupar e ajudar teus filhos.

Dos primeiros momentos de minha vida, me recordo das plantações de mandioca na qual juntos, fazíamos todos os serviços, eu era a tua companhia. Nas centenas de viagens que fizemos até a casa de minha irmã Lazinha que morava no Rio Apocuitaua no Igarapé do Diamante. Lá neste lugar, passei grandes momentos de minha infância sempre junto de ti. Na colheita de guaraná na propriedade do Senhor Osvaldo, na produção de farinha de mandioca eu sempre estive contigo, das dormidas na rede, do cheiro do teu corpo, da quentura, da segurança que sentia quando estava ao teu lado, de tudo, relembrei hoje.
Das viagens no Barco Motor São Francisco que nos levava até a propriedade do Senhor Fontenelli no Paraná do Urariá de Cima, no município de Nova Olinda do Norte, onde trabalhavam meus dois irmãos, Perciano e Érico que eram carpinteiros navais. Todos os anos nos quais eles por lá trabalharam, na época das férias escolares, lá estávamos nós matando saudades e revendo amigos e conhecidos.

Passastes por momentos difíceis em tua vida, quando perdestes a nossa querida irmã Lazinha que faleceu de parto. Da perda do irmão Érico e depois do Perciano. Aguentastes porque DEUS te deu forças para superar essas perdas, pois o teu amor pelos teus filhos era inimaginável.

Conquistastes o respeito, a admiração e o carinho de todos de tua família e dos que conheciam tua vida. De teus netos, ganhastes o respeito e o amor, pois jamais te renegastes de cuidá-los quando se fazia necessário, era como uma segunda mãe.
A todos os teus descendentes sempre deste Amor, Carinho e atenção, entretanto, Vinícius e Victória, pouco viveste ao lado deles, mas o curto tempo que viveu, apesar da idade, o Teu Amor e o Teu Carinho se faziam transfigurar em teus olhos quando estavas com eles em teus frágeis braços. Chamavas a Victória de “mamãezinha”.
Mesmo assim, a tua memória sempre estará presente na vida deles, pois eu de tudo farei para que eles lembrem sempre de ti.

Hoje, estamos separados pela morte, mas não pelo Amor, aquele Amor Verdadeiro, reciproco, aquele Amor conquistado por outro Amor. Onde quer que estejas, eu sempre vou te amar e jamais esquecerei tua vida.

Hoje senti uma grande saudade de ti minha querida CANDINHA DE OURO.
Que DEUS te guarde no calor da Vossa Bondade e do Vosso Amor.

Aldemir Bentes, Maués, sexta-feira, 26 de dezembro de 2008.

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