sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Federal investiga rombo previdenciário na capital

Matéria do Jornal Amazonas Em Tempo de hoje, 20 de setembro de 2013.
Um mandado de busca e apreensão foi cum­prido às 6h de ontem, em Manaus, pela Po­lícia Federal do Amazonas em decorrência da operação “Mi­queias”, desencadeada em nove Estados do país. O objetivo foi desarticular duas organizações criminosas por lavagem de di­nheiro e desvio dos recursos de entidades previdenciárias públi­cas, num rombo que chegou a R$ 300 milhões em 18 meses.
Mais de 300 policiais de todo o país cumpriram 102 manda­dos judiciais, sendo cinco de prisão preventiva, 22 de prisão temporária e 75 de busca e apreensão, dos quais um foi destinado para o Amazonas. Aqui, o alvo foi o apartamen­to da ex-diretora do Manaus­prev, Danielle Leite, acusada de participação em lavagem de dinheiro da previdência munici­pal, causando perda de R$ 40 milhões à entidade com apli­cações feitas no BVA, liquidado em junho pelo Banco Central. Ela foi ouvida na tarde de ontem na sede da Polícia Federal, no conjunto Dom Pedro 2, Zona Centro-Oeste de Manaus.
Das cidades onde foi execu­tada a operação, Manaus foi a única capital com descoberta das fraudes na previdência municipal. Além do Amazonas, os mandados foram direcio­nados ao Distrito Federal e aos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Rondônia.
De acordo com a Delegacia Regional da Polícia Federal, o nome da operação faz re­ferência ao denunciante dos governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria que roubavam o povo, de acordo com relatos do Antigo Testamento.
Segundo a Polícia Federal, o caso vem sendo investigado há um ano e meio, com apuração de lavagem de dinheiro por meio da utilização de contas bancárias de empresas de fa­chada ou fantasmas, abertas em nome de “laranjas” ou “tes­tas de ferro”, de forma a ocultar os verdadeiros responsáveis por tais movimentações.
Após o dinheiro ser depositado nas contas das empresas, eram realizadas outras movimenta­ções para serviços de terceiri­zação e movimentado para as demais contas pertencentes à quadrilha, até ser sacado. Depois do saque, o dinheiro era transfe­rido para terceiros com objetivo de não chamar a atenção dos órgãos de fiscalização.

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