segunda-feira, 24 de junho de 2013

MAUÉS, 180 ANOS – PARECE QUE FOI ONTEM


Maués, Terra do Guaraná, 180 Anos, terça-feira, 25/06/2013 -
Aldemir Bentes
Artigo

Peço licença para retroceder no tempo. Voltar aos anos 60 e contar um pouco da nossa história.

Maués, uma cidade encravada no coração da Amazônia, habitada por uma população, cuja miscigenação gerou um povo novo, mas, com conhecimentos e sabedoria preservada de seus antepassados.

Maués, de duas ruas apenas, Rua da Frente (Hoje Dr. Pereira Barreto) e Rua detrás (Hoje Getúlio Vargas) a continuidade da cidade eram grandes guaranazais: Rua Guaranópolis, Rua Amazonas que começa a surgir. Havia além do centro, dois bairros que sempre se digladiaram, no bom sentido, Maresia e Aldeia (Hoje o populoso Ramalho Júnior).

O Bairro da Aldeia era ligado ao Centro e Maresia através de uma ponte feita de madeira. Ao longo da ponte, os bares do “seu” Totico, do Coxoxó e do Martinho.

Na Maresia, o curral do boi Caprichoso, do João Afilhado que depois passou para o comando do Preto da D. Ida. O Albino, pai do Curicão comandava o boi Garantido.

As festas juninas, o sete de setembro eram festejados e comemorados nesta praça secular, Praça Coronel João Verçosa que, segundo nos ensina a história, foi palco do final da revolta dos Cabanos e forças legalistas.

Maués, dos mestres João Doce, Tiduca e seus descendentes que foram artesãos de mãos cheias e com amor, dedicação e carinho, construíram verdadeiras obras de artes, figuras de animais da nossa fauna, confeccionados com a massa do guaraná.

Maués das Usinas de Pau Rosa, do senhor Leonel, do Sr. Magaldi, do senhor Elias.

Maués dos grandes clássicos entre União e Náutico, das disputas de Caprichoso e Garantido, das escolas São Pedro e Ginásio de Maués.

Maués, da primeira senadora deste país, a senhora Eunice Mafalda Michiles, mãe do querido Humberto Michiles que por aqui viveu por muitos anos dedicando o seu amor ao povo de nossa terra.

Maués da Voz Serenata do saudoso José Antonio Ferreira, o Zé Cote, que de cujo trabalho em prol da nossa comunicação, revelou nomes como Zequinha Prado de Negreiros, Gabriel Tavares, Zé de Souza, o beleza pura, de Claudiney Cabral, o Claudico, de Chiquinho, de Hércules Dinelli, o Preto e do nosso mais famoso radialista, Joaquim Chagas, o locutor do Povo.

Maués das lendas, dos contos, dos mitos. Maués da Rua Amazonas que em noites de sextas-feiras caminhava por ela o “homem da calça molhada”, cuja história é conhecida da nossa querida “Diquinha Pavão”, contemporânea da D. Raimunda Amaral, da D. Evilázia Barbosa, do Dominguinho, da d. Maria Macedo.

Maués, do Guaranópolis, do União Esporte Clube, da Estiva Nova, da Maloca, do Castelinho.

Maués das constantes e intermináveis disputas de futebol de salão entre Associação Mariana e Toca Esporte Clube, cujas equipes eram patrocinadas pelo querido padre Leão Martinelli que, com a ajuda do povo da Maresia, construiu a Igreja de Bom Pastor.

Maués do Santana, do Protásio, do Dentista Walton Bizantino, do soldado Pinto, do delegado Ananias, do soldado Sabá Borracha, do Borrachinha, do Chico Branco, do Sargento da d. Juvita, do Sabá Borracha, do senhor Otacílio Negreiros, de Milton Nogueira, do Felipão, de Moisés Benchaiya, do seu Peroba, de ilustre Xavico, do seu Olavo Silva, do Tarzan da Maria França, do Vico, do Carimã, do seu Alexandre Gafanhoto, do senhor Agrepino Aleluia...

Maués, do conto do menino sem cabeça, que em noites escuras, passeava pela Rua da Frente.

Maués do Fomento, da Antarctica Paulista, cujo gerente, senhor Benvenuto, dedicou anos de sua vida a nossa terra. Fomento do Dr. Vitor que aqui se fixou e construiu sua família, adotando a nossa terra como sua..

Maués do Santina Filizola, das professoras Gervis, Salime Benchaya, Ligya Magnani, Jandira Mc Comb, Raimunda Rocha, Jayme Benchaya, professor Salum Almeida e uma geração de educadores que ajudaram a construir gerações e gerações de filhos de Maués, muitos, se destacando em seus campos de atuação.

Maués dos barcos de Linha Jurema, Rápido, Caravelle, Amazônia, Medeiros, Ana Maria, Andrea D, que inspiraram a construção dos barcos que hoje conhecemos..

Ah! Maués, temos tantas coisas boas para serem relembradas...

E muitas saudades recheadas de  muita esperança....

Maués de Carlos Esteves, do senador José Esteves, de Darcy Michiles, de Humberto Michiles, de Simão Barros, de Alfredo Almeida, de Eunice Michiles, de Donga Michiles, de Santina Prado de Negreiros, de Clóvis Prado de Negreiros, de Antonio Negreiros de Almeida, de José Carlos Esteves, de Antonio Carlos o nosso querido Tonecas...

Maués de Rafael Faraco, de Ercílio Carneiro e de tantos e tantos filhos ilustres que orgulharam e orgulham esta terra..

Maués dos Mawé, dos nordestinos, de pessoas que vieram de longe e aqui criaram raízes.

Maués do Bar Iracema, do Sayonara Bar, do Pavilhão do Povo, do SESP.

Maués dos imensos guaranazais do Rio Apocuitaua.

Rio Apocuitaua do senhor Manelzinho Negreiros, da família Góes, de cuja descendência gerou o nosso prefeito Padre Carlos Góes...

Maués, paixão, amor, saudades, lembranças e a certeza da construção de uma bela história que será contada para as nossas futuras gerações.

Parabéns Maués e Viva seus 180 anos de glórias.

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