sábado, 31 de março de 2012

QUANDO OS NOSSOS AGRÍCOLAS CAEM!

Por Dalmo Ribeiro (Filho de Maués)
Temos que aprender como se comportam as leis da sociedade humana. A cada instante que passa, cada vez mais violam aquilo que democraticamente foi instituído. Venho na condição de filho de campesinos, de filho de agricultores desse município, venho falar pelos pais, agricultores também, de irmãos meus de Terra, que sempre araram a terra, nela vivem e dela buscam sua sobrevivência, manifestar o mais puro sentimento de desprezo por aqueles que traíram pessoas simples do campo.

É lamentável, é deplorável como ao longo de anos a classe de agricultores foi espoliada por aqueles que deveriam proporcionar à classe, melhorias na sua condição social e econômica, gerando a tão dicotomizada e eterna "emprego e renda". As consequênias desse grupo de meliantes ferem a Instituição Pública que cuida dos assuntos do campo, juntamente com a conivência de membros da empresa financeira que lhe dava suporte técnico, jurídico e administrativo e a troco de quê? A troco de nada, pois como todos nós sabemos, mais ferido fica são a sua família, sua reputação, sua honra e seus filhos e sem citar a falta de transparência administrativa que ora aprendem como funcionários públicos.

Choca-nos o fato de saber que famílias inteiras ficaram sem seus finaciamentos para determinado cultivo, tais como: o custeio do guaraná, a plantação de mandioca, máquinas agrícolas, insumos financiamento para o gado etc. Nossos pequenos agricultores perderam não somente a oportunidade de crescer economicamente, como também deixaram de usufruir das verbas que são destinadas a ele e, não para um grupo de mercenários que se instalam em repartições públicas e falsas cooperativas. O bom de tudo isso é crer na aplicabilidade das Leis "Dura Lex, Sed Lex" instituídas como defesa dos que de fato são detentores das verbas. As verbas do PRONAF são para pequenos moradores que moram nas beiras dos rios de nossa cidade, tirar-lhes o seu sustento só vai trazer perda para quem mora na cidade, pois deixa-se de comprar aquilo que iam vender, o direito da reciprocidade é inviolável e, mais uma vez, Maués dá sinais de que ainda no meio social de nossa vivência, há máculas profundas de ganância, corrupção, falsidade, ignorância e interesses particulares em detrimento dos coletivos. Pensem nos que moram na zona rural! Pensem em suas famílias! Pensem em seus filhos! No seu jeito simples de viver! Essas e outras indagações são respostas que veem a calhar com esse pequeno artigo de solidariedade aos nossos sígneos compatriotas do campo. O nosso povo rural foi educado a suportar a lonjura dos nossos rios até chegar em suas casas, a suportar a inclemência do clima no verão e no inverno, a suportar quilômetros estrada adentro, a suportar estradas de barro, a suportar longos dias a remo de uma comuindade a cidade de Maués, porém, suportar mais esse vexame social, em que redes estaduais noticiaram tal balbúrdia, é o cúmulo de um povo que sonha, que sempre sonhou em bem estar, em melhores condições de vida para os seus, melhores hospitais equipados, escolas com bons professores, enfim, sonhou e sonha com tudo aquilo que está relacionado ao seu bem viver e sua cidadania.

Portanto, meus conterrâneos que me leem, quando citava lá nas primeiras linhas, que vinha na condição de filho de campesinos e que são agricultores e que falava pelos pais de amigos meus, que também o são, não foi para entrar em um discurso demagogo, nem filosófico, muito menos político, foi para entrar num discurso profundamente íntegro e social, porque muitos desses agricultores foram desprezados por aquele sistema que lá estava, fazendo deles ( OS AGRÍCOLAS) fantoches rurais, com linhas e pauzinhos que os conduziam do "BANCO" àquela instituição que não quero nem lembrar. Somos vítimas constantes de um jogo sujo e quanto mais deixarmos de expressar nossas angústias tanto mais no futuro ou no presente seremos enganados.

Minhas sinceras gratidão e solidariedade ao povo que aprendi a amar e a eternamente adorar, um povo que também é meu!

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