sábado, 25 de fevereiro de 2012

Parceria entre PF e CGU para evitar desvios de recursos federais no AM durante eleições

Matéria do jornal Em tempo de 23/2/2012.
Link: http://www.emtempo.com.br/editorias/politica/7583.html


Fev 23 |07:50 Camila Carvalho

Sérgio Fontes diz que investigações estão centradas nas práticas de corrupção e lavagem de dinheiro – foto: Mário Oliveira
A Superintendência da Polícia Federal no Amazonas firmou uma parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) para monitorar — em tempo real — a movimentação de recursos federais por gestores públicos.

Segundo o superintendente da PF, delegado Sérgio Fontes, a estratégia já foi colocada em prática com o intuito de flagrar os desvios de recursos para emprego nas campanhas ou para compra de votos.

“A CGU tem como nos informar em tempo real se alguma verba federal foi sacada de maneira irregular — transferida entre contas ou sacada na ‘boca’ do caixa — para atuarmos preventivamente. O objetivo é interpelar o gestor e não permitir que o desvio aconteça”, explicou.

Ele informou que ao menos cem gestores já estão sendo monitorados e que a Superintendência está atenta para as movimentações financeiras atípicas especificamente no interior do Estado. “Estamos monitorando não só os possíveis pré-candidatos, mas todos que podem interferir direta ou indiretamente nas eleições, até porque um gestor pode desviar dinheiro para beneficiar outro”, argumentou o delegado.

Trabalho ‘extra’
Sérgio Fontes revelou que a Superintendência está fazendo um ‘esforço concentrado’ para concluir os inquéritos que já estão em andamento e que são relacionados às eleições passadas. De acordo com ele, o objetivo é iniciar o período eleitoral com policiais ‘livres’ dos inquéritos antigos para investigação de novas denúncias.

“Todo dia a gente instaura inquérito eleitoral e temos de levar em consideração que em ano eleitoral há uma demanda extra, duas vezes superior à dos anos dito normais”, disse.

Para organização das atividades, o superintendente explicou que foram definidas três diretrizes principais a serem seguidas pelos agentes: combater a corrupção, combater o crime organizado e recuperar bens públicos desviados. Fontes disse que dentre os crimes envolvendo recursos públicos, as investigações serão centradas nas práticas de corrupção e lavagem de dinheiro, além de apreensão e confisco dos bens dos investigados para que seja reposto ao erário o prejuízo causado.

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