quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O homem que ESCRAVIZA outro homem, não deve ser chamado de HOMEM.

O homem que ESCRAVIZA outro homem, não deve ser chamado de HOMEM.
Por *Aldemir Bentes de Maués


Segundo o texto bíblico, Deus criou o homem a sua semelhança. A Constituição Brasileira garante a igualdade entre os povos e todos têm os mesmos direitos e deveres. No estado de direito é a Constituição que regulamenta a vida em sociedade. A carta Magna garante os direitos e deveres e às mesmas oportunidades a todos seus cidadãos.
Todavia, desde os primórdios da história da humanidade, o homem sempre escravizou outro homem. No Brasil a escravatura manchou parte de nossa história. Na antiguidade a escravidão se restringia ao trabalho pesado sem direito a nenhuma remuneração, o escravo pertencia ao seu senhor e este é quem recebia o valor correspondente à produção de seu servo. Mesmo nos dias atuais este tipo de imoralidade ainda existe. A televisão mostra essa vergonha através de seus noticiários.
A escravatura através do trabalho, sem justa remuneração e condições aceitáveis de acomodação do trabalhador é uma parte distinta e mais combatida pelas autoridades.

Mas existe a pior das escravaturas. A escravatura “legal”, amparada pela lei que travestida de “ação social” corrói o ser humano na sua dignidade. Essas “ações sociais” se escondem nas chamadas “fundações” de amparo às classes menos favorecidas da sociedade. O Poder público também usa deste artifício através de suas “rendas cidadãs” da vida. Esses “programas” são verdadeiras armadilhas. Aprisionam seus “beneficiados”, fazendo com que se tornem reféns de administrações falidas e de pseudos líderes em busca de perpetuação no poder. Não satisfeitos com suas “atuações” eles ficam se digladiando pelo rádio, “um sujo falando do mal lavado”.
Qual o benefício real que essas “ações sociais” trazem às classes mais pobres e, portanto, menos esclarecidas da nossa sociedade? Pagando os “beneficiários” com seus próprios recursos, pois são recursos públicos, oriundos de impostos pagos, entretanto, agem como se estivessem fazendo um “grande favor”. “Salvadores” e “heróis” do povo, em suas mentes doentias não existem problemas e os que surgem, são aniquilados através de suas ações “milagrosas”. “Quem ama cuida”. Mas afinal, quem ama quem??
Esse Amor é por quem? Pelas pessoas carentes é que não é. Será pelo PODER? Será pelo STATUS?
Esses famigerados programas só buscam o bem estar de seus idealizadores. O principal objetivo é garantir votos nas eleições. Através dessas ações eles aprisionam as pessoas de sua liberdade de pensamento e decisão. Eles, “fundações” e “rendas” e outros diabos mais que aparecerem, deveriam buscar alternativas para que as pessoas carentes tivessem as mesmas oportunidades de emprego, de renda, de educação. É mais digno para qualquer ser humano “sobreviver” do fruto de seu trabalho. Se amassem mesmo às pessoas eles não a escravizariam de suas liberdades de escolha, no entanto, os pobres que por necessidade se humilham aceitando “essas migalhas” ficam “obrigados” a fazerem “o que o mestre mandar”.
Nada podem. Perdem o direito sagrado de expressarem suas idéias, suas opiniões. A couraça do medo, da opressão os vigia noite e dia. Isso é a mais cruel das escravidões. Será que o homem tem o direito de escravizar outro homem?
O poder público que se preocupa realmente com seus cidadãos, cria condições para a geração de emprego e renda. Usa esporadicamente, como reforço momentâneo, esse tipo de ação, não para se perpetuar no poder através da miséria do povo.
A indústria da miséria é decantada até no rádio. Um diz, com a maior naturalidade, se vangloriando, que em Maués são beneficiários do Bolsa Família 4.000 famílias, não 1.000 famílias como disse “a idiota radialista” adversária. Ora eu gostaria é que não tivesse nenhum beneficiário de nenhum desses “eleitoreiros” programas.
Explico o que ele não explicou: para receber (participar) de um programa como o Bolsa Família, a renda per capta não pode ultrapassar R$ 120,00 (Cento e vinte reais) por família. Significa dizer que QUATRO MIL famílias no município de Maués estão vivendo com até R$ 120,00 (CENTO E VINTE REAIS). Se considerarmos que cada família é composta de QUATRO pessoas em média, é verdadeiro afirmar que cerca de 16.000 (DEZESSEIS MIL) pessoas no nosso município estão “vivendo”(?) na linha da miséria. Isso é vantagem????É para se orgulhar e comentar no rádio?? Gostaria que os que defendem a ideia de “fundações” e “rendas cidadãs” fossem viver com R$ 50,00 (Cinqüenta reais) todos os meses. Façam isso!!!!!!!
Isso revolta as pessoas de bem de Maués. Mas também nos engrandece quando recebemos parabenizações e apoio de centenas de pessoas que estão indignadas com todas essas “ações” de um poder público inoperante que vive de “fantasias” através de uma mídia engajada, direcionada, bajuladora e comprometida somente com seus interesses.
Enquanto eles alardeiam que o município de Maués tem a melhor água potável, o SAAE está à beira do colapso, falta investimento para a substituição da canalização obsoleta e antiquada da rede de distribuição de água, falta a construção de reservatório, aquisição de geradores próprios, aquisição de medidores.
Quando comentam sobre o lixo, nos quais especialistas foram requisitadas (vieram de fora) para a implantação e divulgação no tratamento correto do mesmo e conservação do solo, o esgotamento sanitário ainda não foi concluído. Quando comentam sobre o destino do lixo doméstico, da mudança de hábito de nossa população quanto à prática da queima, o ATERRO SANITÁRIO está sendo tomado pelo mato.
Que governo é esse??? E as centenas, milhares de buracos por toda a cidade???
Isso revolta quando se houve pelo rádio “os milagres” que Maués é o melhor em tudo. Quem não conhece a realidade de nossa cidade pensa que Maués é uma Suíça, no entanto, aqui professor ganha entre salário (?) base e vantagens R$ 460,00 (QUATROCENTOS E SESSENTA REAIS), R$ 460,00 (QUATROCENTOS E SESSENTA REAIS), não errei a digitação não, são R$ 460,00 (QUATROCENTOS E SESSENTA REAIS).
Quando se ouve no rádio que temos médicos suficientes para atender a população que paga impostos, é preciso chegar aos postos de saúde às 3:00 h (MADRUGADA) se você quiser “pegar” uma ficha para extrair um dente. O hospital está cheio de ratos, baratas e os móveis requerem pintura, as instalações elétrica e hidráulica precisam de reformas. O prédio precisa de pintura. A Central de Medicamentos está às escuras, comprometendo a VISÃO dos funcionários, isso é AMAR??. Para se conseguir agendar uma ultra-sonografia é preciso esperar por quase um mês, pois a rede de saúde não dispõe de máquinas suficientes para atender a demanda. E quando o mandatário vai falar no rádio, HAJA caixas e caixas de fogos de artifício, parece que é DEUS que está falando. Vamos acabar com essa besteira!! Vamos gastar o dinheiro público em benefício do povo, chega de mesmice, parece cidade provinciana do século XV.
Isso REVOLTA, isso é desumano, isso é não reconhecer os direitos dos cidadãos, isso é ESCRAVIZAR às pessoas de seus diretos, do direito mais sagrado: do DIREITO A VIDA DIGNA.
Vamos acabar com “fundações”, “rendas”, pois quem rende no bem e bom são seus idealizadores.
“Nenhum HOMEM tem o direito de ESCRAVIZAR outro HOMEM”.

Obs.: Junte-se a nós, dê sua opinião, reproduza e distribua com seus amigos, parentes, conhecidos. Não jogue este texto na via pública.

*Aldemir Bentes é filho de Maués, Escritor, Formado em Letras pela UEA – Núcleo de Maués – Maués, 16/04/2009 – às 22:31 h

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